Projeto independente
Passei parte da infância convivendo diariamente com a minha vó. Inesquecíveis cafés da manhã com pão, ovo e chá preto docinho. Ouvir os barulhos da sua barriga depois do almoço e sentir sua mão sequinha fazendo carinho na minha. De tanto tempo que passávamos juntas eu achava que ela morava comigo.
Até hoje encontro a minha vó no meu dia a dia. No cheiro da laranja, no cantarolar distraída, nas palavras cruzadas e na curiosidade de conhecer o que eu ainda não sei.
Até hoje também ela ri de uma partida de tênis com gritos e vaias que dei de presente pra ela. Talvez um dos meus primeiros desenhos.
Dessas lembranças surgiu este livro-homenagem dedicado à vovó Cenira.